Ser diferente é...!

Ser Diferente não é ser deficiente!
Ser Diferente é normal.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Dislexia

Olá!
Hoje vou falar de um tema polémico para a maioria dos professores.
"Agora os alunos são todos disléxico!!!"
Anteriormente também havia muita dislexia mas não era verdadeiramente diagnosticada. Então chamava-se a esses alunos preguiçosos, pouco empenhados, porque eles conseguiam saber muita coisa mas para o que não lhes apetecia tinham preguiça e não estudavam. 
A Dislexia é uma disfunção que resulta de alterações neuro-biológicas na forma como o cérebro codifica, representa e processa a informação linguística.
Na leitura notam-se confusões de grafemas cuja correspondência fonética se aproxima, bem como inversões, omissões e adições.
Na escrita existe dificuldade na descodificação fonema-grafema, associada quase sempre a uma caligrafia irregular e surgem muitos erros ortográficos. Também é comum ter muita dificuldade na construção frásica e na organização das ideias no texto.
Estes indicadores são os mais conhecidos de todos nós e quando alguns se manifestarem nos nossos alunos, devemos alertar os pais para que lhes seja feita um diagnóstico o mais precoce possível. Antes de fazer qualquer diagnóstico referente à dislexia, poderemos solicitar que o médico de família faça um rasteio aos ouvidos e visão. 
Estes exames só devem ser aconselhados no final do 2º ano e escolaridade, quando se gastaram os recursos de uma possível imaturidade, ou um ligeiro atraso no desenvolvimento.
Um aluno com diagnóstico de dislexia, nunca poderá ser aluno com medida CEI (Currículo Específico Individual).

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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Alunos CEI (Currículo Específico Individual)

Olá aqui estou para dar algumas dicas sobre uma grande preocupação minha!
As crianças/jovens que estão com maior dificuldade nas escolas são os alunos com a medida CEI (Currículo Específico Individual). Estes alunos precisam de maior desenvolvimento e acompanhamento dos professores de E.E. São estes professores que estudaram para lhe darem a maior parte do acompanhamento na sua vida escolar.
 No entanto, estes alunos devem desenvolver  na sua turma, com todos os seus pares, algumas competências sociais e pessoais, que apenas são possíveis desenvolver em contexto turma. Nas disciplinas que tal aconteça, o aluno vai desenvolver no seu currículo apenas a Área de Competência Social e Pessoal, saber estar, saber ouvir, aguardar a sua vez, falar quando lhe for permitido etc.
Esta Área é uma área integradora e transversal ás demais áreas, sendo muito importante na vida e ao longo do processo ensino aprendizagem e aquisição do saber. Pela minha experiência, as disciplinas onde melhor se poderá desenvolver esta área são as que têm matérias ligadas à vida do quotidiano, História e Geografia de Portugal, Ciências da Natureza, áreas de Expressão e pouco mais. 
Disciplinas que  embora tenham alguma dificuldade e nomenclaturas muito próprias, são ligadas a tudo o que nos rodeia, a nossa história, as nossas raízes, onde vivemos, a que  mundo pertencemos etc,. E volto a referir que estes alunos apenas irão desenvolver a área pessoal e social. Todo o resto, Português funcional, Matemática Funcional e outras, deve ser dado pelo professor de E.E.
Pretende-se que estes currículos:
  • tenham um cariz funcional, ou seja, as actividades propostas têm que ser úteis para a vida presente e futura (pós- escolar) do aluno;
  • a selecção das competências a desenvolver deve ter como critério a sua aplicabilidade nos diferentes contextos de vida do aluno;
  • a aprendizagem das competências definidas deve ser, sempre que possível, realizada nos contextos reais por forma a dar-lhes significado;
  • as actividades devem estar relacionadas, na medida do possível, com a idade cronológica e com os interesses do aluno. 
Sei do que estou a falar, porque se assim não for estes jovens saem da escola sem saberem  nada. São alunos com limitações significativas sem dúvida alguma, mas se se investisse muito mais neles, seriam uns homens capazes e autónomos. 

A certificação que estes alunos têm no final da escolaridade, ainda é muito manhosa, porque se fosse uma coisa séria, todos trabalharíamos com maior rigor.
Decreto-lei 3/2008 - Artigo 15º
Os instrumentos de certificação da escolaridade devem adequar-se às necessidades especiais dos alunos que seguem o seu percurso escolar com programa educativo individual, identificando as adequações do processo de ensino e de aprendizagem que tenham sido aplicadas. 
Para efeitos de certificação devem ser seguidas as normas de emissão e utilizados os formulários legalmente fixados para o sistema de ensino.